Depois de se mudar para uma nova casa, Maurício Chades começou a empreender uma transformação no quintal. De terra degradada, ele passou a abrigar um sistema sintrópico. O trabalho evoluiu para um processo de autoficção. A paisagem encerrada entre os muros do quintal se transforma e passa a abrigar pássaros, insetos e fungos, que fazem do jardim uma cidade multiespécie, à medida que fogem do agrotóxico e do fogo que transforma a savana mais biodiversa do mundo em monocultura de soja. Chades aproveitou o confinamento para construir uma justaposição de suas práticas de convivência entre espécies, memórias familiares e criação de imagens-rituais.

Entrevistas
Imagem e som: B Paolucci e Julia Gil
Edição: B Paolucci e Julia Gil

Registro das obras
Imagem: Helena Wolfenson, Marcos Yoshi e Tom Butcher Cury
Som direto: Tomás Franco