Fotógrafa, artista visual e pesquisadora independente, é pós-graduada em teoria e crítica de cultura pela Universidade Federal de Pernambuco. Seu trabalho se debruça sobre as relações de poder e suas implicações nas dinâmicas de comunicação. Mostras: Pinacoteca do Estado de São Paulo (2017); 31ª Bienal de São Paulo (2014); Museu do Estado de Pernambuco (2008). Vive e trabalha em Recife.
Elaboradas como reflexão e protesto contra o genocídio da juventude negra, as obras se colam às paredes do Galpão VB para aludir tanto à invisibilização e ao silenciamento dessa violência quanto à sua aderência às estruturas do cotidiano. Localizador QBAFECCLQF consiste em um letreiro com a frase “que bocas alimentam fé em consumir corpos que levam fumo?”, numa referência tanto às bocas de fumo quanto às bocas de parlamentares, pastores e governantes que defendem, consentem e propagam quebras de direitos civis e discursos de ódio. 111 cale-se é um vinil adesivo colado sobre parede em que lemos a frase “sangrou o destino 111 cale-se”. O trabalho parte de uma reflexão sobre a morte de Jozelita de Souza em decorrência da tristeza pela perda de seu filho Betinho, um dos cinco jovens assassinados com 111 tiros pela polícia militar do Rio de Janeiro em 2015.