A obra de Miguel Rio Branco desdobra-se entre pinturas, fotografias, filmes e instalações, frequentemente atuando no limiar entre essas linguagens. Seus trabalhos apresentam um mundo violento e fragmentado, conduzindo o público por zonas sombrias do tecido social e da subjetividade humana. Exibe internacionalmente desde a década de 1980, tendo obras em acervos de instituições como o Museu de Arte Moderna de São Paulo; o Instituto Inhotim, em Brumadinho; o Centre Georges Pompidou, Paris; e o Stedelijk Museum, em Amsterdã. Publicou os volumes Dulce Sudor Amargo (1985), Silent Book (1998), e Maldicidade (2014), entre outros. Vive e trabalha em Araras, Brasil.
1979-1980, vídeo, 19’
cortesia Galeria Millan
Nada levarei qundo morrer aqueles que mim deve cobrarei no inferno é composto por fotografias e trechos audiovisuais produzidos por Miguel Rio Branco no bairro do Maciel, na região do Pelourinho, em Salvador. As imagens registram o cotidiano dos bares e prostíbulos do local, seus moradores e frequentadores. É em meio a fragmentos desse cenário que a frase-título aparece, escrita em vermelho, ao fim do filme.