Bailarino e performer cujo trabalho investiga os estereótipos relacionados ao corpo negro. Apresentou-se em festivais de dança contemporânea na França, Alemanha, Portugal, Croácia, Cuba, Espanha e Brasil. Performances: Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2009); Mostra Sesc de Dança (São Paulo, 2001). Sua peça O samba do crioulo doido integra o acervo de videodança do Centre Georges Pompidou, em Paris. Vive e trabalha em São Paulo.
A discriminação racial e sua incidência no corpo negro é o centro da peça performática. A partir de elementos indefectivelmente associados ao negro brasileiro — samba, Carnaval, erotismo —, e de referências à pátria branca, o artista cria imagens que falam do racismo, da transgressão como forma de resistência e da importância do corpo na construção da identidade. Valendo-se da ironia e do deboche, a performance busca devolver ao corpo-objeto o sujeito roubado, com sentimentos, crenças e singularidades. A obra recebeu o Grande Prêmio no 18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, em 2013.