Artista visual, graduado em artes pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Sua produção evidencia os processos de subjetivação moldados pelas instituições de poder, propondo uma revisão e reelaboração coletiva da história. Mostras: 10th Bamako Encounters (2015); Pinacoteca do Estado de São Paulo (2015); 2nd Biennale of Young Art (Moscou, 2010). Possui obras nas coleções da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Museu de Arte do Rio. Vive e trabalha em São Paulo.
A série retoma as ilustrações dos primeiros mapas do Brasil e as cartas náuticas da época das navegações ibéricas e do chamado “descobrimento do Novo Mundo”. Entretanto, diferentemente dos originais, coloridos a fim de retratar a exuberância da região, as representações cartográficas de Lauriano operam uma redução visual, pautando-se pelo branco sobre preto. A harmonia encontrada e exaltada nos originais é perturbada pela inscrição dos termos “invasão”, “etnocídio” e “apropriação cultural”. Assim, a obra realiza uma releitura dos primeiros esforços de representação do sistema de colonização, desvelando a violência presente nas ilustrações e no processo de invenção do continente americano.