Eventos, anotações, vegetação e personagens se chocam e transbordam dos papéis, invadindo a parede em delicados emaranhados de grafite, nanquim e pontuações cromáticas. Em sua obra site-specific, Virgílio Neto compõe espaços sem profundidade, mas de densidades variadas: a sensação é de adentrar uma floresta onde as formações vegetais bloqueiam parcialmente o olhar.
As cartografias do artista desfazem o preciosismo dos desenhos em manchas e garatujas que imprimem as marcas do corpo indisciplinado do artista. A escala ampliada convoca os espectadores a uma experiência que desorganiza o olhar, causando certa vertigem: a ilusão de movimento de nossos corpos ou do ambiente ao redor.
Entrevistas
Imagem e som: B Paolucci e Julia Gil
Edição: B Paolucci e Julia Gil
Registro das obras
Imagem: Helena Wolfenson, Marcos Yoshi e Tom Butcher Cury
Som direto: Tomás Franco
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