Foi cineasta, roteirista e produtor independente. Iniciou sua carreira na década de 1960, despontando como um dos principais nomes do chamado Cinema Marginal, junto a criadores como Rogério Sganzerla e Júlio Bressane. Dirigiu, nesta época, filmes como Olho por Olho (1965) Blá Blá Blá (1968) e Bang Bang (1970), explorando o nonsense, o deboche e a precariedade, no que muitas vezes se considerou como alegorias do clima de asfixia provocado pelo endurecimento da ditadura militar brasileira no período. Nas décadas seguintes, passa a se interessar pelas culturas ameríndias, em trabalhos como Conversas no Maranhão (1977), Guaranis do Espírito Santo (1979) e Os Araras (1981). Em 2004, lança Serras da Desordem, uma de suas mais premiadas realizações. Foi também um dos pioneiros na utilização do vídeo portátil no Brasil.