Ayrson Heráclito
É artista, curador e professor. Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia, é doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Sua obra deriva da ideia de sagrado expressa na ritualística e na simbologia do Candomblé, religião que pratica há quase trinta anos. A matéria orgânica mobilizada pelos ritos de matriz africana na Bahia alimenta seu trabalho, explorada até o limite da plasticidade e do significado; mas também seu sentido de performance, de transe, do ato mágico em que se conjuram, purificam e reorganizam energias, histórias e memórias. Participou de coletivas como a 57ª Bienal de Veneza (2017); a Afro-Brazilian Contemporary Art, Europalia.Brasil, Bruxelas(2012); Trienal de Luanda (2010); e MIP 2, Manifestação Internacional de Performance, Belo Horizonte (2009). Nasceu e reside em Salvador.
Cecília Ribeiro
É pesquisadora, catalogadora e curadora, formada em Comunicações Sociais pela Fundação Armando Álvares Penteado (São Paulo) e especializada em História da Arte e Estética pela Universidade de São Paulo. Na década de 1980, foi coordenadora da Galeria São Paulo, da Galeria Millán e do evento paralelo a XVI Bienal de São Paulo “Mitos Vadios”. Na década de 1990, foi correspondente do Estado de São Paulo e da Revista ELLE na área de artes plásticas. Realizou pesquisa, consultoria e catalogação para coleções particulares e corporativas. Coordenou projetos como “Hélio Oiticica - Museu é o Mundo”, Itaú Cultural (São Paulo), Paço Imperial (Rio de Janeiro), Museu Nacional (Brasília), Museu Nacional (Belém) e Museu Berardo, (Lisboa); Pipilotti Rist - MIS/Paço das Artes (São Paulo); e “Fragmentos, Modernismo na fotografia brasileira”, Galeria Bergamin. Atualmente fundou e trabalha no Escritório de arte: “Cecília Ribeiro Consultoria de Arte”. Nasceu e reside em São Paulo.
Eneida Sanches
É artista visual. Graduou-se em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA. Desde 1990 passa a pesquisar e produzir ferramentas de uso litúrgico do candomblé Yorubá. Estudou gravura em metal nas Oficinas do Museu de Arte Moderna da Bahia (2000), doravante utilizando a gravura na forma de objetos e instalações e pesquisando o transe, estado alterado de consciência que está na base das religiões afro-brasileiras. Foi uma das criadoras do Circuito das Artes e Triangulações. Seus trabalhos foram expostos em mostras como Bloco do Prazer, Museu de Arte do Rio (2024); no Contemporary Center for Arts, Rockland, Maine, EUA (2023); Dos Brasis, Sesc Belenzinho (2023); 37º Panorama MAM das Artes Visuais (2022); 18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (2018); PretAtitudes, Sesc Vila Mariana (2018); Diálogos Ausentes, Itaú Cultural (2016); entre outras. Recebeu o prêmio do XXIV Salão de Artes MAM Bahia e participou de residência na Holanda (2008), Tanzânia (2014), Portland, EUA (2019) e Milwaukee EUA (2023). Nasceu na Bahia, reside e trabalha em São Paulo.
Fabio Cypriano
É crítico de arte e jornalista. Formado em comunicação social – jornalismo, com mestrado e doutorado em comunicação e semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Tem pós-doutorado na USP. É diretor da Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes da PUC-SP, onde ministra aulas na graduação e na pós-graduação. É crítico de arte, tendo escrito na Folha, entre 2000 e 2019, além das revistas Frieze (Inglaterra), Flash Art (ItaÅLlia), Atlántica (Espanha) . É membro do Conselho Editorial da revista ARTE!Brasileiros e de South as a State of Mind (Grecia). É autor de Pina Bausch (Sesc, 2018), organizador de Histórias das Exposições. Debates urgentes (Estação, 2018) e co-organizador de Histórias das Exposições - Casos Exemplares (Educ, 2016), entre outros. Nasceu e reside em São Paulo.
Rosângela Rennó
É artista visual. Formada em arquitetura pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (1986), e em artes plásticas pela Escola Guignard (1987), é doutora em artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (1997). Uma das primeiras artistas brasileiras a deslocar a fotografia do campo bidimensional para o território da instalação artística, Rennó aborda questões acerca da natureza da imagem, seu valor simbólico e seu processo de despersonalização. Em suas fotografias, objetos, vídeos e instalações, apropria-se e traz visibilidade a um repertório anônimo de fotografias e negativos encontrados em feiras de antiguidade, álbuns de família, jornais e arquivos. Participou das Bienais de Johannesburgo (1997), São Paulo (1994, 1998 e 2010), Berlim (2001), Istambul (2011) e Veneza (1993 e 2003); além de mostras como América Latina 1960–2013, Fondation Cartier, Paris (2014), e Cruzamentos: Contemporary Art in Brazil, Wexner Center for the Arts, Ohio (2014), Chosen Memories, Contemporary Latin American Art, Museum of Modern Art MoMA New York (2023). Entre suas últimas mostras individuais constam Sur les ruines de la Photographie (Les Recontres de la Photographie, Arles, 2023), Pequena Ecologia da Imagem, Estação Pinacoteca (São Paulo, 2021). Nasceu em Minas Gerais e reside no Rio de Janeiro.
Thereza Farkas
É gestora e curadora. Graduada em Cinema pela FAAP (2008) e em Artes Cênicas pelo Teatro Escola Célia-Helena (2003). Desde então realizou alguns projetos curatoriais, como as exposições Wabi-Sabi (2011) e Futuro do Pretérito (2012) na galeria Mendes Wood DM, em São Paulo, e hoje dedica-se à gestão de projetos artísticos. Em 2009 co-fundou a Casa Tomada, espaço de investigação artística dedicado ao incentivo e à discussão da jovem arte contemporânea brasileira, onde atuou até final de 2012. Em 2013, passa a atuar como diretora institucional e de programação na Associação Cultural Videobrasil, dedicada ao fomento, difusão e mapeamento da arte contemporânea, com especial atenção à produção do circuito geopolítico Sul e ao vídeo enquanto linguagem artística. Atualmente dirige o Estúdio Baile, produtora de projetos que conectam as artes com a cultura da infância. Nasceu e reside em São Paulo.
Vivian Ostrovsky
É cineasta de vanguarda e curadora, cujo trabalho assume frequentemente a forma de documentários meditativos e de ensaio pessoal. Criada no Rio de Janeiro, formou-se em psicologia no Institut de Psychologie de Paris e em estudos cinematográficos na Sorbonne. Vivian é fundadora da Cine-Femmes International, uma empresa voltada para a distribuição e promoção de filmes feitos por mulheres. Foi curadora de programas para a École des Beaux Arts e Light Cone em Paris, para a Escola de Artes Visuais Parque Lage no Rio de Janeiro e para o Festival de Cinema de Jerusalém. Ostrovsky é membro do conselho do Film Forum, do comitê consultivo do Anthology Film Archives e iniciadora do Projeto de Preservação de Filmes e Vídeos Brasileiros. Nasceu e reside em Nova York.