• (esq. p/ dir.) Daniela Labra, Ana Maria Maia, Ana Pato

    (esq. p/ dir.) Daniela Labra, Ana Maria Maia, Ana Pato

  • Ana Maria Maia

    Ana Maria Maia

  • Ana Pato, Daniela Labra

    Ana Pato, Daniela Labra

Debates encerram o Festival com temas sobre a trajetória do evento no contexto brasileiro da arte

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postado em 31/01/2014
Encontros do Foco 8 dos Programas Públicos encerram neste final de semana evento comemorativo de três décadas de Videobrasil

Em Exposições em Contexto, encontro realizado nesta quinta (30.1), às 20h, no Galpão do Sesc Pompeia, as curadoras Ana Maria Maia e Daniela Labra falaram sobre a relação das mostras do Festival de Arte Contemporânea  Sesc_Videobrasil com as exposições de arte montadas no país nas últimas três décadas, destacando o período em que vídeo, nos anos 1970 e 80, ficava à margem dos principais circuitos artísticos do país. O encontro acontece dentro do último foco dos Programas Públicos da 18ª edição do Festival, em cartaz somente até o próximo domingo, dia 2 de fevereiro no Sesc Pompeia. No sábado (01.1), as 16h, a programação de encontros do Festival é encerrada em grande estilo, com um debate entre Solange Farkas, Moacir dos Anjos, Gabriel Priolli Neto e Eduardo de Jesus, com mediação de Teté Martinho.

No encontro desta quinta, que reuniu Ana Maria Maia Daniela Labra e foi mediado pela pesquisadora Ana Pato, as duas convidadas prepararam apresentações baseadas nas próprias experiências como curadoras e pesquisadoras da área. Enquanto Ana Maria Maia apresentou sua pesquisa em torno de uma metodologia capaz de dar conta de um campo ainda novo no Brasil, que é a história das exposições, Daniela Lebra trouxe à tona aspectos da representatividade brasileira fora do Brasil, tema de sua pesquisa acadêmica.    

Segundo Ana Pato, os discursos das duas são muito importantes tanto para o Videobrasil, em um momento em que ele busca valorizar sua própria história, narrada na exposição 30 Anos, quanto para o contexto das histórias das exposições no Brasil. Para ela, de uma certa forma, tanto a mostra retrospectiva deste que foi o primeiro festival do país a abraçar a produção em vídeo, quanto a pesquisa das duas convidadas, demonstram que o Brasil está começando a contar sua própria história em relação a produção de arte contemporânea. “Com estes debates e com a mostra, que reúne toda a trajetória do Festival, o Videobrasil também está ajudando a fomentar o estudo da história das exposições em nosso país”, afirma.

Para Daniela Labra, que estuda a representação da produção artística do Brasil no exterior, é preciso que toda essa expectativa em relação à arte brasileira arrefeça. De acordo com a pesquisadora, há uma diversidade muito grande na produção artística no mundo, de modo que seria impossível também alcançarmos toda a criação moderna e contemporânea dos Estados Unidos, por exemplo.

Para Ana Maria Maia, “exposições se tornam objeto de estudo para o estabelecimento de uma história nacional da arte”, afirma Maia. A curadora, que levou para o debate “as tensões possíveis entre as exposições e as histórias”, com investigações sobre possíveis narrativas, colocou a pergunta “Como encontrar caminhos para representar a história da arte ainda demasiadamente moderna?”. Para ela, existe quase uma impossibilidade de eternizar a história da arte em sua inteireza, contemplando, entre outros, contextos de cada época, subjetividades do público, esfera pública, “onde se confrontam divergências políticas e diferentes instrumentais técnicos”.


Próximo encontro | 30 anos: memórias e atualizações

No próximo sábado, dia 1º, penúltimo dia do Festival, acontece o último encontro do Foco 8 À Luz dos 30 Anos, dos Programas Públicos desta edição. Em 30 anos: memórias e atualizações a fundadora do Videobrasil e curadora-geral da 18ª edição, Solange Farkas, analisa e debate com o curador, pesquisador e coordenador da Fundação, Joaquim Nabuco Moacir dos Anjos, com o professor e curador Eduardo de Jesus e com o jornalista Gabriel Priolli Netto os grandes ciclos de transformação do Videobrasil, relacionando-os às mudanças na cena de arte contemporânea no Sul nas últimas três décadas. O evento acontece também no Galpão do Sesc Pompeia, a partir das 16h, e tem mediação da jornalista cultural e coordenadora editorial do Videobrasil Teté Martinho.