MÔNICA NADOR é artista visual. Formada em artes plásticas pela FAAP e mestra pela ECA-USP. Em 2004, fundou o Jardim Miriam Arte Clube (JAMAC), em São Paulo, espaço cultural onde mora e desenvolve seus trabalhos de forma integrada à comunidade. Entre suas principais exposições, estão as bienais de São Paulo (1993 e 2006), Havana (2000), Sydney (2004), Gwangju, Coreia do Sul (2012) e Lubumbashi, República Democrática do Congo (2015), entre outras. Na 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, Mônica Nador apresentou duas instalações:
IMAGENS DE MAKWATCHA (2014-2019) Há uma tradição de pinturas de murais em Makwatcha, cidade próxima de Lubumbashi, na República Democrática do Congo. Elas são feitas por mulheres, com pigmentos naturais desenvolvidos localmente. Convidada para participar da 4ª Bienal de Lubumbashi, a artista propôs para a comunidade um trabalho similar ao que desenvolve no Jardim Miriam Arte Clube (JAMAC), em São Paulo, com foco na formação e geração de renda por meio da cultura. As estampas que compõem a obra são resultado dessa parceria, registrada pelo fotógrafo congolês Georges Senga.
DANDO BANDEIRA (2019) com Bruno Oliveira. Rostos de mulheres fundamentais para a história latino-americana são estampados em bandeiras espalhadas pelo espaço. A instalação é um exercício de visibilidade e memória dessas mulheres, e tem o objetivo de reconhecer presenças excluídas de uma gramática colonial que constitui imagens supostamente neutras e universalizantes do mundo, mas que é apenas vinculada à construção de monumentos brancos, masculinos, cisgêneros, heterossexuais e hegemônicos.
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