O vídeo é parte de uma instalação composta por um vídeo e uma fotografia de dimensões idênticas, extraída de um still do mesmo vídeo. Ele registra o percurso de carro realizado pela artista entre Cracóvia e Auschwitz em um dia de neblina fechada. O registro do trajeto é feito de forma a confundir os pontos de início e fim do percurso, o que, em conjunto com a aproximação espacial de imagem estática e imagem em movimento, cria uma zona de indistinção entre os dois elementos. A obra reflete sobre a impalpabilidade da dor, a vertigem e o impasse do turismo que canibaliza a história. O trabalho dialoga com uma narrativa sem rastros por meio de imagens imprecisas, em contínuo apagamento de si mesmas. Imagens que são uma incursão em paisagens que são pura memória. A obra foi comissionada pelo Adam Mickiewicz Institute.
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