O ponto de partida do artista é sua pesquisa sobre Mysterium, obra inacabada que o compositor russo Alexander Scriabin executaria no Himalaia. Scriabin não queria para a obra um único espectador; apenas participantes. No trabalho de Ocko, atores são vendados e têm de recorrer aos sentidos restantes para dar significado às experiências e estímulos produzidos pelo ambiente, que varia de uma paisagem gelada a interiores cenográficos, povoados por esculturas. Com sua narrativa silenciosa, o artista quer decretar a falência de visões pré‐estabelecidas no processo de compreensão estética.
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