O vídeo cruza imagens de manifestações na África e de raves no Reino Unido movidas pelo hit Everybody’s Free (To Feel Good), da cantora zimbabuana Rozalla. A edição dinâmica, que lembra os scratch vídeos ingleses dos anos 1980, cria um paralelo entre duas situações que, submetidas à recontextualização midiática, perdem seu potencial de confronto. As raves, marcadas pela recusa do estilo de vida yuppie, ganham imagem de modismo vazio; os movimentos de contestação na África parecem desprovidos de causas. A liberdade da dança enquanto protesto e do protesto enquanto dança é enquadrada pelo retângulo televisivo, tornado metáfora de um processo de apropriação e esvaziamento.
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