Na instalação, o artista traz algo da cultura visual das festas realizadas em espaços públicos de Curaçau e região: o uso de cadeiras de plástico para demarcar provisoriamente um território. Sobretudo no Carnaval, muita gente se serve desses assentos para ocupar a rua em Curaçau. Na obra, Martha utiliza o recurso pouco ecológico – também comum no Brasil – para criar uma espécie de coreografia a partir de corpos-objetos. Respondendo à arquitetura do Sesc 24 de Maio, e acompanhada por um vídeo, a instalação ganha um tom performático, espetacular e dramático. Remete à força da energia coletiva própria dos países que foram colonizados nas américas que, uma vez reunida – seja para festejar, seja para protestar –, desestabiliza qualquer estrutura.