A instalação é composta por uma animação digital apresentada em um painel de LED e por uma impressão digital em papel de parede. Tanto a imagem impressa como o vídeo animado por computação gráfica retomam o avatar “vigilante”, utilizado em outras obras – uma personagem cibernética que habita o espaço virtual, cujo corpo é coberto de olhos e orelhas, e que nos observa e nos ouve continuamente por meio das tecnologias digitais. Se por meio do corpo digital dessa personagem a artista abordava a vigilância on-line descontrolada, em BUGs [insetos], as falhas e erros inesperados das máquinas digitais são aludidas pelo corpo virtual de um besouro, segundo a sinonímia que intitula a obra. Os excessos das máquinas e dos corpos humanos e de insetos contrastam com o aspecto asséptico da interface digital e da existência on-line. Por trás da limpeza aparente, porém, há o caráter ansioso e assustador da mistura entre o humano e o inumano por meio da tecnologia.
Prêmios e menções
- 22ª Bienal | A memória é uma ilha de ediçãoPrêmio de residência Wexner Center for the Arts Cinema/Video