Na segunda metade do século 19, países africanos intensificaram sua luta contra o colonialismo e por independência, recebendo respostas extremamente violentas. Foi nesse contexto que, em 3 de fevereiro de 1953, forças policiais coloniais portuguesas entraram na ilha africana de São Tomé e Príncipe e, por semanas, massacraram a população, causando um número enorme de mortes, desaparecimentos, prisões em campos de trabalho forçado e casos de tortura. A videoinstalação 53 foi realizada por Sofia Borges em colaboração com Honório Soares, Inocêncio Costa, Marta Espírito Santo e Domingos de Barros - atores e bailarinos da ilha. A obra tem base em fatos, testemunhos e percepções atuais sobre o massacre, recolhidos nas experiências dos performers, na memória coletiva e em relatos dos últimos sobreviventes e de seus familiares. A narrativa tem como guia uma conversa entre um curandeiro tradicional e espíritos de homens mortos no Massacre de 1953.