Biographies of Objects analisa a forma como o mesmo objeto - um prato de porcelana azul e branca - pode remeter a muitas tradições nacionais diferentes: Russa, holandesa, chinesa e britânica. Todo o resto não é mais do que uma construção, uma invenção da imaginação, uma tentativa de encontrar alguma estabilidade num mundo com inúmeros fatores que não foram levados em conta, desde Sophia, o robô, que recentemente recebeu a cidadania saudita, até plantas, rochas e bactérias. A locução mecânica na primeira pessoa e as imagens de páginas de motores de busca e de telas de códigos informáticos sugerem uma generalização superficial. A questão levantada é, no entanto, pertinente e séria: o que é o ser humano moderno e como se define a sua identidade, se utiliza constantemente produtos de épocas, ramos de evolução e culturas muito diferentes, todos deslocados no espaço ilimitado da rede mundial de computadores?