A obra confronta as sensações de peso e leveza ao reunir objetos de uso cotidiano e resíduos metálicos com ímãs de neodímio. Paredes e teto são impregnados de força magnética; à medida que as peças e detritos se espalham, acontece uma espécie de soterramento invertido do espaço. A presença e a ação da artista tornam o trabalho um híbrido de performance e instalação residual, e invocam questões para além de uma leitura meramente formal. O trabalho faz parte da série Corpo ruído, desenvolvida pela artista desde 2007, e da qual fazem parte vídeos, videoinstalações e fotografias. A investigação visa a colocar em xeque a ideia do corpo como uma substância estável, figurável de forma clara e direta. Explorando as propriedades físico-químicas de imãs e metais, a artista apresenta o corpo humano como terreno de crise, instabilidade e transformação.