VIDEOBRASIL 40 | 16º Videobrasil

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postado em 11/08/2023

Vídeo, cinema e artes visuais se misturam e marcam caráter híbrido da edição

   

Com algum espaço no cenário brasileiro ainda nos anos 1970, mas difundido de fato a partir dos 1980, o vídeo e as linguagens – documentais, artísticas e televisivas – resultantes de seu uso rapidamente contaminaram outras práticas das artes visuais. Do mesmo modo, o vídeo se deixou rapidamente contaminar por elas, fazendo da conversação e do hibridismo características fundamentais da produção audiovisual. Mapeando esta evolução, o Videobrasil trouxe o tema à tona desde o início, mas certamente o fez com mais ênfase nos anos 2000, em festivais como o décimo terceiro (sob o eixo “Fluxos, fusões e hibridizações”) ou o décimo quinto (dedicado à “Performance”). Seguindo a mesma linha, o 16º Festival Internacional de Arte Eletrônica Sesc_Videobrasil* escolheu investigar as aproximações entre o vídeo, as artes visuais e, destacadamente, o cinema. Sob o tema “Limite: movimentação de imagem e muita estranheza”, a edição foi realizada entre 30 de setembro e 25 de outubro de 2007 no Sesc Avenida Paulista, ocupando vasto espaço expositivo da unidade e promovendo parte das exibições no Cinesesc. O festival teve ainda um braço em Salvador, com programação pensada especialmente para a capital baiana.

 

 

“O vídeo pode transformar atitudes por sua natureza híbrida, por trabalhar entre os suportes, subverter e fundir estéticas. É um catalisador formal de mudanças, que aponta para um rompimento, destrói certas convenções, quer se relacionar com o espaço físico e expandir conceitos de projeção”, explicou Solange Oliveira Farkas, diretora e curadora do festival, na revista BIEN’ART. Trazendo à São Paulo nomes de peso como o britânico Peter Greenaway, o norte-americano Keneth Anger (1927-2003) e o alemão Marcel Odenbach, além de destacados realizadores do Sul Global, o 16º Videobrasil reuniu propostas artísticas bastante variadas, mas sempre focadas em romper fronteiras estabelecidas entre linguagens. “Esse festival é uma investigação aprofundada sobre a contaminação do cinema pelas artes visuais, partindo de Man Ray e passando por Andy Warhol, até chegar aos dias de hoje”, completava Solange. Não à toa, a inspiração para o título da edição veio do filme Limite (1931), obra experimental de Mário Peixoto (1908-1992) pioneira na quebra das narrativas tradicionais e na aproximação com gestualidades plásticas. “O Peixoto seria um videoartista hoje”, arriscava Solange. 

Nesta linha, o grande homenageado e nome mais aguardado do festival, o cineasta Peter Greenaway, representava como poucos a expansão da sétima arte rumo às artes visuais. Para ele, o cinema tradicional – narrativo e baseado no texto – não fazia mais sentido: em um mundo cada vez mais interativo, na era da internet, dos celulares, laptops, DVDs e ipods, ele tornara-se uma arte burra que, dominada pelas histórias lineares, desperdiçava as possibilidades plásticas e estéticas viabilizadas pela tecnologia. Como explicava Solange, Greenaway buscava quebrar o paradigma da exibição passiva de filmes em sala escura, “construindo um novo produto audiovisual ao vivo” e se utilizando do momento como parte da construção narrativa.

No Videobrasil, representavam o pensamento do artista não só seus longas, curtas e programas televisivos, mas também uma megaexposição e uma performance. Parte significativa das obras se relacionava ao personagem Tulse Luper, um misterioso escritor galês desaparecido após rodar o mundo e passar anos preso. Para além da trilogia de filmes Tulse Luper Suitcases, o projeto multimídia incluía uma instalação que recriava 92 das maletas deixadas pelo personagem em suas andanças, um jogo interativo na internet e uma VJ performance realizada na área externa do Sesc, em plena avenida Paulista. Nela, Greenaway mixava e projetava ao vivo imagens da “fantástica vida” de seu personagem, comandando uma espécie de ópera visual a partir de um monitor de plasma sensível ao toque (equipamento raro à época).
   
Destaque na imprensa nacional, a presença do britânico recebeu manchetes com algumas de suas frases de efeito, como “O cinema está morto, a tela, viva”, no Diário Catarinense, e “Cinema virou arte burra”, no Estadão. Se sua obra e participação no festival foram aclamados na maior parte dos artigos, houve também espaço para algumas críticas, como a de Fábio Cypriano na Folha de S.Paulo. Para ele, ao migrar do cinema – onde suas propostas “não narrativas” são complexas e consistentes – para linguagens como a performance e as artes plásticas, “aquilo que era radical e original na obra de Greenaway tornou-se um clichê da produção contemporânea”. Contraditoriamente narrativas, as peças criavam “um conjunto curioso e obsessivo, que se encerra nesses dois adjetivos. (...) Felizmente, o festival trouxe sua principal produção, os filmes que o tornaram um dos pilares do cinema contemporâneo”. 

 

Rompendo fronteiras

Com sua maior retrospectiva já realizada na América Latina até então, Marcel Odenbach era outro convidado que rompeu fronteiras e clichês em sua trajetória. As memórias individuais e coletivas, o passado da Alemanha, a Guerra Fria, os cinemas de Hitchcock e Leni Riefenstahl, o olhar sobre outras culturas em países como Índia, Ruanda e Camarões; tudo surgia na videoarte de Odenbach de modo muito particular, em montagens não lineares nem didáticas. “Opostamente à televisão, sou conscientemente subjetivo e, portanto, também mais honesto. Não gostaria de explicar nada, não deixo ninguém chegar diretamente às palavras. Posso deixar as imagens falarem por si”, afirmou o alemão, que apresentou no Videobrasil dez vídeos e cinco instalações realizados entre 1977 e 2007. 

O terceiro nome de peso que pousou em São Paulo foi Kenneth Anger, realizador californiano que rompeu com Hollywood para fazer um cinema experimental, por vezes surrealista, povoado por fetiches homoeróticos e referências ao satanismo. Autor do clássico Fireworks (1947), curta que o levou à prisão aos 20 anos de idade sob acusação de “obscenidade”, Anger mostrou no festival este e outros oito vídeos realizados até o início dos anos 1970, trabalhos vanguardistas que influenciaram posteriormente o universo do rock, do pop e a linguagem dos videoclipes. Conciso e contunde em suas respostas nas entrevistas que concedeu no Brasil, o artista falava de suas inspirações – “Aleister Crowley é meu guru” e “Lúcifer é meu padroeiro” – e chegava a ser cômico em suas frases cortantes. Perguntado sobre os conselhos que daria àqueles que queriam se iniciar no audiovisual, disse apenas: “Não façam isso, a menos que sejam ricos ou malucos”. A programação dedicada à Anger no Videobrasil dialogava ainda com a mostra paralela “Um Punhado de Prazeres Sublimes", sob curadoria de Rodrigo Novaes e focada “nas vanguardas queer do século 20”, com obras de Isaac Julien e Jean Genet, entre outros.

Além dos nomes internacionais, três autores brasileiros com trajetória consagrada tiveram programações especiais dedicadas à suas obras. O baiano Edgar Navarro, dono de uma produção irreverente e anárquica nascida da “sopa contracultural e tropicalista”, apresentou filmes realizados entre os anos 1970 e os 1990. Ao falar de suas obras iniciais, como Alice no país das mil novilhas e O rei do cagaço, ele relembrava: “Com pouca idade, nós sentíamos que fazíamos parte de alguma coisa que era contra (risos), e queríamos ser contra, queríamos denunciar a nudez do rei, queríamos botar o dedo na ferida”. Outro nome marcante do cinema experimental, o paulistano Carlos Adriano teve exibidos alguns de seus vídeos que, partindo do território do documentário e contaminados pela poesia e pela literatura, ganhavam forma em estimulantes peças audiovisuais – nas quais o tema tratado e as possibilidades formais da linguagem ganhavam igual importância. Por fim, o mineiro Arthur Omar apresentou sua produção marcada por transições e fusões entre filme, fotografia e música. Com forte inspiração antropológica, Omar trazia à tona temas duros da vida política e social sem se prender a linguagens documentais e explicativas, mas priorizando uma experiência estética e sensorial – como na impactante instalação Dervix, projeção em quatro paredes de imagens captadas em uma mesquita no Afeganistão.

O mineiro Eder Santos e a dupla gaúcha Angela Detanico e Rafael Laim, nomes de presença constante na trajetória do Videobrasil, completaram a ocupação dos espaços do Sesc. Na fachada lateral do prédio, sobre enormes painéis de LED, Santos apresentou Low Pressure (Revezamento 3x1), obra em que a projeção de um homem nadando ininterruptamente revela ao mesmo tempo um prazer libertador e a sensação de “aprisionamento em gigantescos aquários”. DetanicoLain, por sua vez, mostrou na entrada do edifício a instalação Braile ligado, montada com lâmpadas fluorescentes que formavam, na linguagem para cegos, a frase “la existencia em suspenso de las cosas sin nombre”. Responsáveis pela quarta edição seguida da identidade visual do festival, a dupla aprofundava sua pesquisa sobre o encontro entre as linguagens escrita e visual, sobre alfabetos e tipografias.

 

Panoramas do Sul

Na tradicional mostra principal do Videobrasil, intitulada Panoramas do Sul, a comissão de seleção também partiu do eixo curatorial para escolher 66 obras – da América do Sul, África, Ásia e leste europeu – entre as 791 inscritas. No contexto internacional, parecia notável a percepção de um Sul Global que, ainda “periférico” e desigual, ganhava maior protagonismo político-econômico no mundo. Ao menos no Brasil, que iniciava a segunda gestão Lula, um reposicionamento geopolítico começava a situar o país como uma voz de maior impacto, o que se refletia também na cultura e, consequentemente, na relevância de eventos de arte como o Videobrasil.

Entre os trabalhos escolhidos, não mais apenas em single channel, o júri priorizou obras que desenhavam “um mapa de trânsitos, derivas e experimentações da imagem, que vão das apropriações de técnicas do cinema arcaico aos circuitos da internet”. Por mais que o recorte não fosse um delimitador absoluto, o comitê destacava a escolha de “propostas que se utilizam do cinema como matéria-prima e ‘banco de dados’”, seja através das “temáticas emprestadas”, de recursos como a recontextualização de cenas clássicas ou de técnicas específicas de montagem e edição. Estavam na mostra nomes destacados como os argentinos León Ferrari e Federico Lamas, o libanês Akram Zaatari, o sul-africano Gregg Smith, o australiano John Gillies e os brasileiros Eduardo Climachauska e Nuno Ramos. 
 
Dividida novamente em três categorias, no formato estabelecido na edição anterior, a premiação foi entregue a oito trabalhos. Em Estado da Arte, eixo dedicado a “obras maduras” de artistas consolidados, foram agraciados Juksa, do carioca Maurício Dias e do suíço Walter Riedweg, uma delicada investigação sobre a vida dos últimos habitantes de uma pequena ilha próxima ao Polo Norte; Canto doce pequeno labirinto, do baiano Caetano Dias, vídeo que registra uma intervenção artística sobre a complexa história da produção e escoamento do açúcar em Salvador; e As Mãos do Epô, de Ayrson Heráclito, vídeo em que o artista baiano parte do azeite de dendê para tratar de emblemas da cultura afro-brasileira e de traumas do passado escravista. 

No eixo Investigações Contemporâneas, dedicado à tentativas de ampliação dos limites das linguagens, os premiados foram Revolving Door, da dupla australiana Alex & David Beesley, animação sobre a vida de uma profissional do sexo nas ruas de Melbourne; Várzea, do Estúdio Bijari com Ricardo Iazzetta, vídeo que se utiliza da dança para revelar a ordem social injusta e excludente que cerca o futebol no Brasil; e The Chemical and Physical Perception, in the Eye of the Cat, in the Moment of the Cut, do argentino Marcello Mercado, animação em 3D de ares surrealistas, que parte de um corte no dedo do artista para mergulhar nos “processos orgânicos que decorrem desta pequena tragédia”. Por fim, na categoria Novos Vetores, voltada à jovens realizadores, foram premiados Rawane's Song, de Mounira Al Solh, vídeo sobre uma libanesa que não deseja falar de guerra, mas, ironicamente, fica presa ao tema; e Jerk Off 02 - Projeto dízima periódica, da carioca Alice Miceli, uma referência ao clássico Blow Job (1964), de Warhol.

Para além dos prêmios de aquisição para a Sesc TV, dos incentivos financeiros e dos troféus – “cartazes de cinema” criados por Rosângela Rennó a partir da ressignificação de imagens das obras –, a 16ª edição intensificou a rede de parcerias internacionais estabelecidas pelo Videobrasil através da concessão de residências artísticas. Os agraciados passaram temporadas no centro francês Le Fresnoy (Caetano Dias), no centro holandês de pós-graduação WBK Vrije Academie (Jamsen Law, Marcellvs L., Danillo Barata e Eustáquio Neves) e nos brasileiros Edifício Lutetia, espaço da FAAP em São Paulo (Federico Lamas), Instituto Sacatar, em Itaparica (Nicolás Testoni) e na Capacete Entretenimento, no Rio (Dan Halter). 

Com o intuito de tornar públicos os trabalhos realizados nestas vivências, os premiados com residências na edição anterior do festival foram convidados a apresentar o resultado de suas pesquisas. Enquanto o mineiro Cao Guimarães contou sobre sua experiência de dois meses no centro londrino de arte contemporânea Gaswork, o libanês Ali Cherri (que participa este ano da 22ª Bienal Sesc_Videobrasil) exibiu o inédito Slippage, resultado do tempo que passou no Edificio Lutetia. Seu trabalho trazia novamente a visão – poética e dolorosa – do artista sobre a guerra, desta vez o conflito entre Líbano e Israel ocorrido em 2006. “Nasci no começo de uma guerra que terminou quando eu fiz 16 anos [o conflito civil que assolou seu país entre 1975 e 1990]. Quando a nova guerra começou no ano passado e ouvi os sons dos disparos mais reais do que nunca, vi que não estava preparado para ela, mesmo tendo crescido no conflito”, contou à BIEN’ART sobre sua saída do Líbano. Além deste conflito, o mundo ainda assistia, em 2007, às duradouras guerras no Iraque e Afeganistão, com a persistente demonização do Oriente Médio incentivada pelos EUA de George W. Bush.

Mostras paralelas e eixo educativo

Assim como em edições anteriores, os membros do júri de premiação foram convidados a realizar a curadoria de mostras paralelas para o festival, trazendo para o evento suas pesquisas e experiências em diferentes cantos do mundo. Seguindo o caminho proposto pelo tema da edição, o australiano David Cranswick, diretor do centro de mídia d/Lux/MediaArts, a espanhola Berta Sichel, do Museu Reina Sofía, o tranzaniano Martin Mhando, do Festival Internacional de Cinema de Zanzibar, e o professor e crítico francês Jean-Paul Fargier montaram panoramas da confluência entre cinema e artes visuais, com formas narrativas por vezes mais tradicionais, por outras experimentais, por vezes mais políticas, por outras centradas em aspectos formais e poéticos. 

Para além da ampla ocupação do espaço expositivo, das premiações e mostras paralelas realizadas, o 16º festival foi marcante por sua expansão no eixo reflexivo e educativo, marcado pelas parcerias estabelecidas com instituições de ensino de arte e cinema. A transmissão em streaming de parte da programação foi coordenada por alunos da ECA-USP; estudantes da FAAP acompanharam a montagem da exposição de Greenaway; projetos de monitoria e cobertura fotográfica tiveram a colaboração do Senac São Paulo; e a Faculdade Santa Marcelina recebeu parte dos debates. Nas palestras, seminários e encontros com artistas, pesquisadores e curadores, se destacaram as discussões sobre a hibridização das linguagens, as narrativas múltiplas, os caminhos da imagem na contemporaneidade e a produção artística do Sul Global. Participaram deste eixo, intitulado Zona de Reflexão, artistas participantes das mostras e outros convidados como Arlindo Machado, Christine Mello, Giselle Beiguelman, Ivana Bentes, Jorge La Ferla e Tom van Vliet.   

A expansão do festival se deu também geograficamente, já que pela primeira vez parte do evento foi pensada exclusivamente para outra cidade – não no antigo formato de itinerâncias já realizado pelo Videobrasil. O palco desta viagem foi Salvador, cidade na qual Solange acabara de assumir a diretoria do Museu de Arte Moderna da Bahia. Na instituição, sediada no Solar do Unhão, obras de Odenbach foram instaladas na capela do complexo histórico, no mesmo espaço que abrigou a performance inédita de Marcondes Dourado – uma espécie de “lavagem simbólica” do local. Debates com Anger, Claudia Andujar e a artista marroquina Bouchra Khalili marcaram o eixo reflexivo e uma mostra de 60 obras realizada junto ao Instituto Goethe mapeou 40 anos da videoarte alemã. O braço soteropolitano do evento representava o incentivo ao cenário de fora do eixo Rio-São Paulo, ou seja, uma espécie de Sul dentro do Sul. “Este movimento não obedece só ao desejo de ampliar o público do festival, mas também de estimular a produção artística do Nordeste”, cravava Solange.

Após um hiato maior que o normal, marcando a transição definitiva para o formato de bienal de artes visuais aberta a todas as linguagens e suportes, o próximo festival Sesc_Videobrasil seria realizado em 2011, na segunda década do novo milênio. Dava-se sequência a uma trajetória que, nas palavras de Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc SP, seguia inovando e resistindo no cenário do Sul Global. “Contribuindo para a formação de público, dos criadores e dos pensadores da cultura, o festival, em seus atos e entreatos, desenvolve-se numa dinâmica cultural que ora pulsa em contração, ora em expansão, ora em crise, ora assimilação, ora em lampejo, ora braseiro, ora em fogo, ora em terra”, afirmava.

 

Por Marcos Grinspum Ferraz

*a nomenclatura utilizada para intitular a principal mostra organizada pelo Videobrasil, hoje chamada Bienal Sesc_Videobrasil, passou por adequações ao longo dos anos. As mudanças se deram a partir da percepção dos organizadores sobre as características de cada edição, especialmente no que se refere ao seu formato; duração; periodicidade; parcerias com outras empresas e instituições; e à expansão das linguagens artísticas apresentadas. Os principais reajustes no título das mostras foram: inserção do nome da empresa parceira Fotoptica entre a 2ª (1984) e a 8ª (1990) edições; a inclusão da palavra “internacional” entre a 8ª e a 17ª (2011) edições, a partir do momento em que o evento passa a receber de modo intensivo artistas e obras estrangeiros; o uso do termo “arte eletrônica” entre a 10ª (1994) e a 16ª (2007) edições, quando se percebe que a referência apenas ao vídeo não dava conta dos trabalhos apresentados; a inclusão do nome do Sesc, principal parceiro da mostra nas últimas três décadas, a partir da 16ª edição; e a substituição de “arte eletrônica” por “arte contemporânea” entre a 17ª edição e a 21ª (2019) edições, a partir do momento em que o foco se expande para as mais variadas linguagens artísticas. A mais recente mudança significativa se deu em 2019, na 21ª edição, quando o nome festival é substituído por bienal, termo mais adequado a um evento que já vinha sendo realizado bianualmente e com uma duração expositiva de meses, não mais semanas.

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Imagens:
Acervo Histórico Videobrasil 

1. Cartaz do décimo sexto Videobrasil, por Angela Detanico e Rafael Lain.

Galeria 1
1. “Tulse Luper Suitcases”, de Peter Greenaway.
2. “Tulse Luper Suitcases”, de Peter Greenaway. 
3. O cineasta Peter Greenaway.
4. "Tulse Luper VJ Performance", de Peter Greenaway.
5. Performance criada por Greenaway para a exposição.
6. Exibição de “Limite” (1931), de Mário Peixoto.
7. Instalação de Marcel Odenbach.
8. Marcel Odenbach (ao centro) com membros da equipe do VB.
9. Instalação “Low Pressure”, de Eder Santos, na fachada do Sesc Paulista.

Galeria 2
1. “Dervix”, de Arthur Omar.
2. Arthur Omar.
3. “Braile ligado”, de Angela Detanico e Rafael Lain.
4. “Rawane's Song”, de Mounira Al Solh.
5. “As Mãos do Epô”, de Ayrson Heráclito.
6. “Jerk Off 02 - Projeto dízima periódica”, da carioca Alice Miceli.
7. “Várzea”, do Estúdio Bijari com Ricardo Iazzetta.
8. “Revolving Door”, de Alex & David Beesley.
9. “Juksa”, de Maurício Dias e Walter Riedweg.

Galeria 3
1. O norte-americano Keneth Anger.
2. Solange Oliveira Farkas.
3. Danilo de Santos Miranda e Peter Greenaway.
4. Edgar Navarro.
5. O argentino Federico Lamas.
6. O holandês Tom van Vliet.
7. Caetano Dias.
8. Eustáquio Neves.
9. Cartaz explicativo, por DetanicoLain.