Associação Cultural Videobrasil

Memórias inapagáveis — Um olhar histórico no Acervo Videobrasil continua em circulação pelo mundo em 2016. A itinerância da exposição chega ao Laboratório Arte Alameda, na Cidade do México, no dia 18 de maio, com visitação pública até 24 de julho. Com curadoria de Agustín Pérez Rubio, a primeira grande exposição concebida a partir do Acervo Videobrasil, realizada em parceria com o Sesc São Paulo, foi inaugurada em agosto de 2014, em São Paulo, Brasil, integrando um conjunto crescente de estratégias pensadas para manter o Acervo da Associação ativo e em contato com o mundo. Em junho de 2015, teve início a sua itinerância internacional com a exposição em três espaços, em Buenos Aires, Argentina (no MALBA, na Universidad Torcuato Di Tella e na Embaixada do Brasil). Na sequência, a mostra passou pelo Museo de Arte Contemporáneo de Vigo, na Espanha, e integrou a programação da B3 Biennial of the Moving Image em Frankfurt, Alemanha.

A exposição Memórias inapagáveis — Um olhar histórico no Acervo Videobrasil apresenta obras selecionadas por Agustín Pérez Rubio a partir de sua imersão no Acervo da Associação. Trabalhos produzidos da década de 1980 até a atualidade revelam a potência dessa coleção e da produção de arte do Sul global. Memórias Inapagáveis reúne obras que contribuem para resgatar episódios e conflitos normalmente interpretados a partir do discurso oficial, dos narradores vitoriosos, mas que resistem em narrativas pessoais e são difundidas por meio da arte.

Ao todo, a exposição apresenta 18 trabalhos: 11 obras em vídeo ou vídeo instalações formam o eixo central da mostra, apresentados ao lado de sete trabalhos de referência, entre registros de performances e documentários.

O público que visitar a exposição no Arte Alameda poderá assistir às obras Vera Cruz (Brasil, 2000), de Rosangela Rennó; Barrueco (Brasil, 2004) de Ayrson Heráclito e Danillo Barata; Unforgettable memory (China, 2009) de Liu Wei; Lucharemos hasta anular la ley (Argentina, 2004) de Sebastián Díaz Morales; Untitled (Zimbabwean queen of rave) (Zimbábue, 2005) de Dan Halter; In this House (Líbano, 2004) de Akram Zaatari; Letter to my father (Standing by the fence) (Colômbia, 2005) de Carlos Motta; Face A Face B (Líbano, 2002) de Rabih Mroué; O sangue da terra (Brasil, 1984) de Aurélio Michiles; The mapping journey project (Marrocos, 2008-2011) de Bouchra Khalili; e Projeto pacífico (Brasil, 2010) de Jonathas de Andrade.

Entre os registros de performances e documentários, estão O samba do crioulo doido (Brasil, 2013) de Luiz de Abreu; My possession (Brasil, 2005) de Mwangi Hutter; Bare life study *1 (Brasil, Estados Unidos, 2005) de Coco Fusco; The loudest muttering is over: documents from the atlas group archive (Líbano, 2003) de Walid Raad; Contestado, a guerra desconhecida (Brasil, 1985) de Enio Staub; A Arca dos Zo’e (Brasil, 1993) de Vicent Carelli e Dominique Gallois; e Casa Blanca (Argentina, 2005), de León Ferrari e Ricardo Pons.

Além de resgatar a memória do próprio Videobrasil, ao revisitar o seu Acervo, a mostra aborda a partir de diferentes perspectivas questões como escravidão, migrações, fronteiras geopolíticas e relações de poder, oferecendo pontos de vista distintos da História oficial, a partir da perspectiva dos “vencidos”. Memórias inapagáveis é uma exposição que atesta o poder da arte contra a amnésia histórica.

No México, a exposição contará com um extenso programa educativo em torno do trabalho dos artistas, com conversas, mesas redondas e seminários. Mais informações sobre a abertura e programação, no site www.artealameda.bellasartes.gob.mx

Para saber mais sobre a curadoria e as obras da exposição, clique aqui.

Serviço
Itinerância da exposição Memórias inapagáveis — Um olhar histórico no Acervo Videobrasil
Laboratorio Arte Alameda, (Dr. Mora 7, Centro, Cidade do México)
De 18 de maio a 24 de julho de 2016 – de terça a domingo, das 9:00 às 17:00.