Uma coleção de luminárias de mesa piscam numa sala. O estranho funcionamento dessas lâmpadas em curto-circuito revela um vínculo entre as pessoas. “Soliloquy”, do coletivo Tromarama, é ativada toda vez que a hashtag #kinship [parentesco] é digitada por usuários do X (antigo Twitter).
Ao ser publicada na plataforma, a palavra se converte em código binário em tempo real, que configura uma sequência nova nas luminárias. As luzes intermitentes põem em cena o fantasma informe dos desejos coletivos, que é produzido continuamente no limbo dos dados cibernéticos globais. O controle do desejo operado pela economia pós-internet materializa-se no espaço físico, provocando o encontro entre as projeções mutáveis do público virtual e as pessoas que interagem com a obra.

Entrevistas
Imagem e som: B Paolucci e Julia Gil
Edição: B Paolucci e Julia Gil

Registro das obras
Imagem: Helena Wolfenson, Marcos Yoshi e Tom Butcher Cury
Som direto: Tomás Franco


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