Duas cerâmicas de cachorros se entreolham e espumam, chamando atenção para uma plataforma na qual vemos outras peças em cerâmica: cervejas e pequenas baratas. A reflexão de Arturo Kameya parte de uma investigação sobre o seu país de origem, o Peru, um território complexo e contraditório. O que parece se referir a elementos do cotidiano e de histórias individuais, em verdade, remete a eventos muito recentes na memória social do país.

Quais são as relações entre as baratas, os cachorros e as cervejas? É possível nelas encontrarmos tanto um diálogo com o surrealismo, ou uma grande potência de morte, ou mesmo a relação entre violência e sociedade. O universo iconográfico do artista nos provoca mais dúvidas que certezas.

Entrevistas
Imagem e som: B Paolucci e Julia Gil
Edição: B Paolucci e Julia Gil

Registro das obras
Imagem: Helena Wolfenson, Marcos Yoshi e Tom Butcher Cury
Som direto: Tomás Franco